Água
O Recurso Ignorado na Produção de Energia

A água é crítica para a produção de energia. Usinas térmicas, fraturação hidráulica e até mesmo fontes renováveis exigem grandes quantidades de água. À medida que a demanda por energia cresce e os suprimentos enfrentam restrições cada vez maiores, o papel integral, mas frequentemente negligenciado, da água se torna mais evidente. Uma gestão mais inteligente e melhorias na eficiência são essenciais para construir sistemas resilientes.

O Papel da Água

As usinas térmicas precisam de água para resfriamento e geração de vapor. Usinas a carvão e nucleares são as que mais consomem, representando mais de 20% da água doce total nos EUA. A fraturação hidráulica utiliza até 34 milhões de litros por poço. A energia hidrelétrica extrai energia da água em movimento. Painéis solares e turbinas eólicas utilizam água para fabricação e limpeza.

Com a projeção de que a demanda por energia aumente 50% até 2050, a pegada hídrica do setor requer uma maior atenção.

Competição por Recursos

A energia frequentemente utiliza as mesmas fontes de água subterrânea e superficial que são usadas para agricultura, indústria e necessidades humanas. Essa pressão se manifesta mais nas regiões com estresse hídrico.

Mais de 60% da fraturação ocorre em estados do oeste dos EUA que enfrentam altos níveis de estresse hídrico. As usinas geram 41% dos abastecimentos de água doce nos EUA, especialmente em estados como a Califórnia. A bacia do rio Colorado, que fornece energia hidrelétrica, enfrenta concorrência urbana e agrícola.

O crescimento populacional e as mudanças climáticas também pressionam os suprimentos. Com a água se tornando mais escassa e as necessidades energéticas aumentando, escolhas difíceis sobre a alocação de recursos ocorrerão. O uso eficiente da água na energia é imprescindível.

Oportunidades para Eficiência

Sistemas de resfriamento alternativos para usinas térmicas e solares concentradas reduzem os abastecimentos em mais de 90% em comparação com o resfriamento a ciclo único. Embora sejam mais caros, sistemas secos e híbridos oferecem economias significativas em áreas onde a água é escassa.

Usinas de cogeração (CHP) reciclam o calor residual, gerando 50% mais eletricidade com o mesmo combustível e água. A fraturação pode utilizar água salobra ou produzida em vez de água doce e reciclar o fluxo de retorno.

O resfriamento a seco, o resfriamento por ar e fluidos de trabalho alternativos reduzem o uso de água na energia solar concentrada. Novas turbinas hidrelétricas, operações de barragem e armazenamento por bombeamento ajudam a melhorar a eficiência em comparação com o armazenamento em reservatórios.

O uso direcionado dessas tecnologias equilibra a melhoria da eficiência com energia acessível em regiões com estresse hídrico.

Potencial das Renováveis

O crescimento da energia eólica e solar fotovoltaica oferece oportunidades para realinhar o planejamento energético e hídrico. Ao contrário das fontes térmicas, elas utilizam uma quantidade mínima de água para a geração. No entanto, os desafios de confiabilidade à medida que sua participação aumenta podem aumentar as demandas de água.

Integrá-las requer um backup flexível de gás natural, energia hidrelétrica ou armazenamento. Mas o gás natural agrava as emissões e o uso de água. Enquanto isso, as mudanças climáticas ameaçam a produção de energia hidrelétrica. O armazenamento a partir de energia hidrelétrica por bombeamento e baterias pode se mostrar essencial, com seus próprios impactos.

Embora se reduza a intensidade hídrica da rede, um planejamento eficaz em torno da integração das renováveis é fundamental para evitar compromissos não intencionais. Ganhos de eficiência, inovação e coordenação permitem o deslocamento da geração intensiva em carbono sem sobrecarregar os recursos hídricos.

Avançando

O rastreamento e a reportagem abrangentes sobre o consumo de água na energia fornecem uma base para avaliações dos riscos e níveis de estresse hídrico locais. Esses dados orientam a adoção direcionada de medidas de eficiência onde são mais benéficas. O planejamento energético de longo prazo deve levar em consideração a disponibilidade de água ao projetar misturas energéticas ideais. Com uma gestão proativa, surgem oportunidades para equilibrar a segurança e a confiabilidade energética com um impacto ambiental mínimo.

O futuro exige soluções que conectem a energia a sistemas sociais, econômicos e ambientais mais amplos, com a água no centro. Uma coordenação consciente é necessária para construir sistemas resilientes tanto para a energia quanto para a água.

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