Uma Nova Forma de Fornecer Energia
Energia como Serviço

O setor de energia enfrenta uma transformação impulsionada por avanços tecnológicos, mudanças regulatórias e demandas dos consumidores em evolução. A Energia como Serviço (EaaS) surgiu como um modelo que desloca os serviços públicos das vendas de commodities para soluções focadas em resultados. Essa abordagem permite que os clientes acessem serviços energéticos personalizados sem investimentos iniciais, criando oportunidades para ganhos de eficiência e alinhamento com a sustentabilidade.

Definindo Energia como Serviço

A EaaS substitui as vendas volumétricas de energia por contratos baseados em desempenho. Os clientes pagam taxas de assinatura por resultados energéticos específicos, como temperaturas internas mantidas ou disponibilidade garantida de energia, em vez de consumo por unidade. Os provedores assumem a responsabilidade pela instalação e gestão da infraestrutura necessária.

Fatores Impulsores do Crescimento

Quatro fatores aceleram a adoção da EaaS:

  1. Infraestrutura de Medição Avançada:
    Sensores inteligentes e análises em nuvem permitem o monitoramento de energia em tempo real. Os sistemas podem ajustar os padrões de consumo com base nas condições da rede ou sinais de preço.
  2. Requisitos de Descarbonização:
    Os compromissos corporativos de emissões líquidas zero criam demanda por assinaturas de energia renovável. A EaaS simplifica o acesso à energia solar ou eólica sem geração no local.
  3. Apoio Regulatórios:
    48 estados dos EUA agora permitem estruturas tarifárias baseadas em desempenho. A Diretiva de Eficiência Energética da UE obriga os Estados-Membros a remover barreiras aos contratos de EaaS.
  4. Flexibilidade Financeira:
    Modelos baseados em OPEX são atraentes para organizações que preservam capital para operações principais. A Siemens relata que os contratos de EaaS reduzem os orçamentos energéticos dos clientes em 18 a 25%.

Benefícios Operacionais

  • Previsibilidade de Custos:
    Estruturas de taxa fixa protegem os usuários da volatilidade de preços. Os clientes da EaaS da Southern California Edison viram as variações de faturamento diminuírem em 34% em 2022.
  • Acesso à Tecnologia:
    Os provedores implantam equipamentos de última geração, como transformadores de estado sólido ou controles HVAC baseados em IA. A manutenção e as atualizações ocorrem sem intervenção do cliente.
  • Melhorias na Eficiência:
    Os projetos de EaaS da Schneider Electric demonstram economias de energia de 22 a 30% por meio da otimização contínua do sistema.
  • Transferência de Riscos:
    Os provedores garantem níveis de serviço, absorvendo os riscos de desempenho por meio de contratos respaldados por seguros.

Modelos de Implementação

  • Iluminação como Serviço:
    Os provedores instalam/manutenção sistemas LED com sensores de ocupação integrados. Os clientes pagam por lumen-hora. Os contratos de LaaS da Philips mostram reduções de energia de 50 a 70% em ambientes de varejo.
  • Resfriamento como Serviço:
    Provedores de resfriamento distrital fornecem água gelada por meio de redes isoladas. O Empower de Dubai atende 1.400 edifícios através de 86 km de tubulações de distribuição.
  • Microgrid como Serviço:
    Terceiros possuem/operam sistemas de geração-armazenamento local. As soluções MaaS da Enel no Brasil oferecem 99,98% de tempo de atividade para clientes industriais.
  • Carregamento de Veículos Elétricos como Serviço:
    A ChargePoint implanta carregadores públicos sob acordos de compartilhamento de receita. Os sites anfitriões recebem 20 a 30% da receita de carregamento sem custos de equipamentos.

Barreiras à Adoção

  • Complexidade Contratual:
    Métricas de desempenho requerem definições legais precisas. A Agência Internacional de Energia observa que 60% das disputas de EaaS envolvem interpretações de níveis de serviço.
  • Preocupações com a Segurança de Dados:
    Sistemas de controle baseados em nuvem aumentam as vulnerabilidades a ciberataques. Os provedores devem cumprir com os padrões ISO/IEC 27001 e NIST.
  • Problemas de Interoperabilidade:
    Sistemas de edifícios legados frequentemente carecem de interfaces digitais. Os custos de retrofit variam de €21 a €29/m² para imóveis comerciais.

Perspectivas do Setor

A Navigant Research prevê que o mercado global de EaaS crescerá de 4,7bilho~esem2023para4,7 bilhões em 2023 para 4,7bilho~esem2023para12,3 bilhões até 2028. Os fatores de sucesso incluem:

  • Modelos de contratos padronizados de organismos como a Energy Services Coalition
  • Plataformas de liquidação habilitadas por blockchain para transações multipartes
  • Modelos de negócios híbridos que combinam taxas fixas com elementos baseados em consumo

Os reguladores enfrentam desafios para equilibrar a proteção do consumidor com incentivos à inovação. O recente documento de consulta da Ofgem sobre EaaS propõe separar a propriedade da infraestrutura da prestação de serviços para evitar a concentração de mercado.

Conclusão

A Energia como Serviço transforma os serviços públicos em provedores de resultados energéticos. Embora ainda existam obstáculos técnicos e regulatórios, o alinhamento do modelo com os objetivos de descarbonização e as preferências dos clientes o posiciona como um componente chave dos sistemas energéticos modernos. O sucesso requer colaboração entre formuladores de políticas, fornecedores de tecnologia e instituições financeiras para escalar soluções de forma eficaz.

Se você tiver dúvidas sobre como integrar nossas soluções de armazenamento de energia em suas ideias de negócios, entre em contato conosco. Podemos ajudá-lo a entender como nossas ofertas podem complementar o modelo de Energia como Serviço e melhorar sua eficiência operacional e esforços de sustentabilidade.

Deixe uma resposta

Seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados *

 


Todos os comentários são moderados antes de serem publicados. Comentários inadequados ou fora do tema podem não ser aprovados.